Jardinar-se é preciso!

A Terra é um lindo planeta-jardim! E cada alma aqui renasce com virtudes latentes, verdadeiras sementes de luz, semeadas pelo Divino Amor, para florescerem ao longo de sua jornada evolutiva. Então, jardinar-se é preciso!

Nos canteiros da mente e do coração, de cada alma, foram plantadas as sementes-virtudes que, desenvolvidas a cada encarnação, geram flores de bem-viver consigo mesmo, com o outro e com o Divino. É um poder individual de agir bem, que, no conjunto, torna o Jardim harmonioso.

Mas, como a maioria das almas neste planeta-jardim são frágeis, tornando o processo de jardinagem moroso, há dois mil anos um Jardineiro-Mestre, por 33 anos, aqui viveu um roteiro de luz, para auxiliá-las. Acolheu a todas! Fortaleceu as mais fracas e encorajou as mais fortes a perseverar.

Ele comparou a ativação das sementes-virtudes, no campo da alma, com a construção de uma casa: Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra aquela casa, mas não desabou, pois fora alicerçada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as pratica, será comparado ao homem tolo, que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e chocaram-se contra aquela casa, desabou e foi grande a sua queda. Mt, 7:24-27.

Assim, toda vez que se estende um alimento, um cobertor, um móvel, um eletrodoméstico, uma moradia ao que deles necessita, ativam-se as sementes-virtudes da benevolência, do desapego, da simpatia, da justiça, do otimismo, da misericórdia, da dedicação ao outro.

Quando uma família acolhe uma criança de qualquer idade, etnia, cor de pele, religião diferente, saudável ou não, como filho/a-do-coração, arranca-se o joio do preconceito em relação à diversidade cultural, étnico-racial e religiosa e regam-se as sementes-virtudes do altruísmo, da compaixão, da humildade, da fraternidade, do respeito, da responsabilidade, da sabedoria – do verdadeiro “amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”

Quem, em qualquer lugar, acolhe o outro nos gestos, no olhar, nas palavras… Quem desenvolve a escuta sensível, consola, esclarece e orienta… Quem supera os diversos preconceitos em relação a si e ao outro… Quem aprende a servir… planta as sementes-virtudes da empatia, da indulgência, da solidariedade, da generosidade, da maturidade, do companheirismo, do perdão, desenvolve-se e colhe as flores da alegria, da leveza e da felicidade. 

O Jardineiro-Mestre distribuiu o adubo às sementes-virtudes da Fé, da Esperança e da Caridade, mostrando, na prática, que o jardinar-se permite podas e replantios renovadores, tonificando mentes e corações, que enfrentam os temporais da jornada evolutiva sem perder a boa colheita, plenificando a alma de muita luz/lucidez e sólida evolução – como a casa construída sobre a rocha.

 Jardinar-se é preciso para se construir uma vida feliz, aqui e no Além! Pense Nisto!

Qual seria a sua escolha?

No famoso “Dilema do trem”, a filósofa Philippa Foot propôs a seguinte reflexão ética: Um trem desgovernado vai atingir cinco pessoas que trabalham tranquilas sobre a linha. Mas você tem uma única chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá só uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando as cinco e matando uma?

Mundo afora, O resultado da aplicação do “Dilema do trem” é a escolha por salvar cinco pessoas e sacrificar uma. Porém, se esta única vítima do trem for sua mãe, seu pai, seu filho, sua filha, seu avô, sua avó, etc., qual seria a sua escolha?

O dilema acima, proposto pela filósofa, é apenas um exercício que tem a finalidade de refletir sobre as dificuldades de se ser ético. Ou seja, o desafio de cada indivíduo se comportar e agir ponderadamente, para não ferir o bem de todos.

O indivíduo ético respeita as leis; procura agir com justiça; não se apropria, indevidamente, do que não é seu; não prejudica os outros; tem um bom convívio social, etc.

Todos sabem, contudo, que a lista das condutas antiéticas é longa e deprimente. Vai da atitude de filhos e netos que subtraem a pensão de pais e avós indefesos, até a das lideranças que lesam o povo que representam.  

No Brasil, em plena pandemia, assusta-se com a falta de ética em todos os lugares. Aglomerações indevidas, divulgação massiva de notícias falsas…

Muito chocante foi a constatação de que profissionais da área da saúde, em alguns municípios brasileiros, simularam a aplicação da vacina contra a Covid-19, em idosos.  

Várias pessoas enganaram, para receber o imunizante antes dos grupos prioritários. E, em 2020, representantes do setor público e privado compraram equipamentos e material hospitalar inadequados a alto custo.

O que causa esta conduta antiética? O desequilíbrio nas relações entre a razão e a emoção. Por exemplo, na solução do dilema do trem, é racional a opção de matar uma pessoa para salvar cinco, mas é antiético porque todos têm direito à vida.

Escolher uma pessoa movido pelo grau de afetividade, parentes e amigos em detrimento da maioria, é antiético, pois a emoção ditou uma escolha que fere o bem comum.

A conquista de uma sociedade moralmente constituída, passa pela formação de   indivíduos éticos, equilibrados em sua razão e emoção. Para tal, torna-se necessário uma educação que privilegie a formação de bons hábitos, do bom caráter, das emoções e dos sentimentos, não só do intelecto. Razão e emoção equilibrados geram Homens de Bem!

Sem a educação do ser integral, o egoísmo continuará dominando as sociedades e o homem prosseguirá infeliz, sendo o inimigo do próprio homem. Qual seria a sua escolha? Pense Nisto!