Você “lê” o que olha?

As mensagens virtuais diárias, desejando um dia venturoso ou um sono tranquilo, portam emoções e pensamentos que circulam o campo mental, imprimindo valores ou reforçando crenças pessoais. Você “lê” o que olha nas redes sociais?

Ler, aqui, está no sentido de prestar real atenção na escrita, na imagem e/ou no áudio veiculados. Sua mente é uma poderosa usina, produtora de energias. E os pensamentos as distribuem. E, dependo do que ela/a usina gera, o seu dia, semana, mês e ano poderão ser bons ou não.

Analise algumas das mensagens mais comuns, no whatsApp por exemplo, postadas abaixo. E veja o impacto delas em seu cotidiano, em sua maneira de pensar.

Primeira – “Que a nossa semana seja ricamente abençoada, que Deus nos ilumine, nos proteja e nos livre de todo o mal. Amém”. Mensagem acolhedora, positiva. Mas, pare… e se pergunte: “quando é que Deus não me ilumina”? “É Ele que tem de me livrar do mal?” “O que me cabe fazer a respeito”?

Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, tem como atributos essenciais o Amor incondicional, a Justiça perfeita e a Misericórdia sempre ativa. Ele faz tudo o que a mensagem propõe. Atua junto a todos os seres, em todos os dias, minutos e segundos da temporalidade humana.

E, acima de tudo, Ele respeita o livre-arbítrio humano. Diante disto, o homem precisa buscar a iluminação e a proteção, atuando no bem, levando luz e bênçãos às outras pessoas. Ou seja, necessita viver em sintonia com o que pede através das palavras.

Assim, quem deseja ser abençoado, viva abençoando. Quem deseja luz, busque-a na reflexão, no conhecimento, no desenvolvimento intelectual. E, quem deseja o bem, faça-o a si e ao outro, pois, tudo o que se faz ao próximo, permanece em si mesmo. Seja no bem ou no engano.

Segunda mensagem – “Que tudo de melhor te encontre, te siga e fique contigo”. De acordo com o raciocínio anterior, o que você conclui?

Uma possível conclusão: o melhor lhe encontrará, lhe seguirá e ficará consigo, se você o tiver dentro de si mesmo. Pois, quando o pior entrar por uma porta, o melhor sairá pela outra. Assim, cabe a cada um o esforço de ser e fazer o melhor, para retê-lo.

Terceira mensagem – “A paz que tanto deseja vem somente de Jesus”. Pense! Jesus, o Mestre dos mestres, o Médico das almas, o Amigo incondicional de todas as horas, daria a paz apenas a quem nele acredita? Isto não seria diminui-lo?

Receber pensamentos motivadores a cada manhã alegra e alimenta a alma. Porém, a repetição cotidiana de mensagens aparentemente consoladoras, além de desinformar, limitam a evolução do ser.

Entender realmente o que se lê/ouve/vê, muda toda uma existência, pois, qualifica e emociona o cotidiano com as palavra e imagens renovadoras.

Se você não lê o que olha, transfere maquinalmente para sua vida mental crenças e valores inoperantes, que lhe permitirão assistir o que passa no mundo, sem vivê-lo, sem transformá-lo, sem construir uma existência lúcida, digna e mais feliz. Pense Nisto!

“Não é assim que eu morro!”

O personagem Edward Bloom, no filme Big Fish/Peixe grande, aos dez anos de idade, desafiado pelos amigos, foi à casa de uma idosa, a “bruxa” da cidade, de quem todos tinham medo. A sua missão era pedir-lhe que mostrasse o seu olho de vidro, a todos eles, pois quem o visse saberia o instante da sua morte.

Ela recebeu-os em sua casa. E Edward, um menino incomum, tornou-se um jovem carismático. E a visão da morte, no olho de vidro, auxiliou-o nos desafios da existência, porque ele sabia que não é assim que eu morro.

Em realidade, poucos na Terra sabem as circunstâncias da sua saída do cenário terreno. Chico Xavier, a maior antena psíquica dos últimos tempos, sabia. Desencarnou numa noite muito feliz para o povo brasileiro, a da conquista do pentacampeonato mundial de futebol. Desejou esta forma para sair do mundo sem alarde.

Contudo, mais importante do que conhecer a ocasião da partida, para a vida verdadeira, é saber que é um até logo, pois, novos retornos serão concedidos para completar as experiências iniciadas, para renovar os valores e aprender sempre mais.

No filme, Edward Bloom é o Big Fish, “um peixe grande demais para a modesta pequenez dos lagos da vida”. Por extensão o homem, seguro da sua imortalidade, tem a certeza de que a existência terrena é pequena demais diante da Vida Maior.

Por isto as leis divinas não revelam inconsideradamente o cotidiano humano: o tempo na Terra, o casamento, o número de filhos, o sucesso ou insucesso no trabalho, a saúde ou doença, etc. Pois, tudo isto resulta das escolhas de cada um.

Edward viu, sem medo, no olho da “bruxa” como seria sua “morte”. O mesmo ocorre com todos que confiam verdadeiramente na Vida Imortal.

O espiritualista vive na Terra como num H-O-T-E-L especial:

H=Hospital de almas apropriado para a cura das feridas milenares. Todas resultantes das escolhas na perspectiva do orgulho, do egoísmo e do desamor.

O=Oficina de trabalho, onde se desenvolve as potencialidades do ser, no campo das múltiplas inteligências – linguística, lógico-matemática, espacial, pictórica, musical, corporal-sinestésica, naturalista, interpessoal e intrapessoal. https://url.gratis/5Ch15

T=Templo, onde respeita toda forma de vida, aprendendo a amar e a cuidar de todos os reinos: mineral, vegetal, animal e hominal, caminhando para a angelitude.

E=Escola de relacionamentos afetivos, local em que investe na resolução dos problemas do corpo e da alma, aproximando corações e reencontrando almas afins.

L=Lar, onde se aprende amar, na pequena equipe familiar, toda a família humana.

Neste momento de grandes desafios na Terra, não se desespere. Não é assim que você morre ou necessita partir. E sim, na luta por um ser renovado e por um mundo melhor, onde você renascerá tempos depois, para viver novas e mais ricas experiências. Pense Nisto!

“Eu não consigo respirar”

“Cara, meu rosto. Eu não fiz nada grave. Por favor. Por favor. Por favor, eu não consigo respirar. Por favor, cara. Por favor, alguém. Por favor, cara. Eu não consigo respirar. Eu não consigo respirar…”repetiu, por oito minutos, George Floyd, o cidadão norte-americano negro assassinado por um policial branco, por asfixia, na cidade de Mineápolis, EUA.

A Covid-19 mata as pessoas por asfixia. A poluição, nos oceanos, rios e lagoas, mata os peixes por asfixia. O ambiente social, emocional e psicológico humano está asfixiante. Muitos não conseguem respirar.

Qual é a saída?

George Floyd foi/é a voz do mundo pedindo por lucidez. Ele falou pelos peixes, pelas águas poluídas, pela Terra sobrecarregada com tantos abusos, pelos doentes sem leitos suficientes ao tratamento, nesta pandemia. Ele expressou a dor de uma etnia que está rouca de tanto gritar para ter voz.

Os Espíritos ensinam que as almas não têm cor, que elas apenas vestem corpos matizados, coloridos. Assim, o problema não está na cor da pele.

Ele está enraizado na alma imortal, junto a outros preconceitos e desmandos, gerando as grandes dores que a Covid-19, parando o Homem, convida-o a refletir.

Todo este sofrimento é reflexo do interior humano sufocado pelas escolhas pautadas no TER, asfixiando o SER.

Depois de milênios, os enganos reprimidos no eu-imortal, se revelam tanto nas dores do corpo, quanto na consciência que se expande, chocada pelos clicks da tecnologia que a faz enfrentar a si mesma, como diante de um espelho.

O homem continua poluindo, matando e morrendo…mas, aos poucos, as vozes de antes, de agora, de todos os tempos, estão sendo ouvidas, refletidas, cantadas…

“Às vezes em nossas vidas/ Todos nós temos dor/ Todos nós temos a tristeza/ Mas se formos sábios/ Sabemos que há sempre um amanhã. Apoie-se em mim/ Quando não estiver forte/ E eu serei seu amigo/ Eu ajudarei você a prosseguir/ E não demorará/ Até que eu precise/ De alguém para me apoiar” (trecho da música “Apoie-se em mim” – Bill Withers).    

https://youtu.be/fOZ-MySzAac   / Tradução abaixo.

Esta é a saída! O bem se revelando na consciência expandida pela arte, pela ciência, pela filosofia e pela religiosidade que instrumentalizam o homem para viver melhor, cuidando de si e do outro, em profundo respeito ao espaço que o acolhe e o sustenta, em regime de interdependência. Pense Nisto e respire leve, alegre e saudável!

Apoie-se Em Mim / Lean on me

Às vezes em nossas vidas
Todos nós temos dor
Todos nós temos a tristeza
Mas se formos sábios
Sabemos que sempre há um amanhã

Apoie-se em mim, quando não estiver forte
E eu serei seu amigo
Eu ajudarei você a prosseguir
E não demorará
Até que eu precise
De alguém para me apoiar

Por favor, engula seu orgulho
Se eu tiver algo que você precise
Porque ninguém pode suprir
Suas necessidades
Se não as mostrar

Basta ligar para mim, irmão
Quando você precisar de uma mão
Todos precisamos de alguém para nos apoiar
Eu posso ter um problema que você entenderá
Todos precisamos de alguém para nos apoiar

Apoie-se em mim, quando não estiver forte
Eu serei seu amigo
Eu ajudarei você a prosseguir
E não demorará
Até que eu precise
De alguém para me apoiar

Basta ligar para mim, irmão
Quando você precisar de uma mão
Todos precisamos de alguém para nos apoiar
Eu posso ter um problema que você entenderá
Todos precisamos de alguém para nos apoiar

Se existe uma carga você tem que suportar
Que você não consegue carregar
Estou bem na estrada
Vou partilhar a sua carga
Se você apenas me chamar

(Me chame) se você precisar de um amigo
(Me chame) me chame uh, uh, uh, uh
(Me chame) se você precisar de um amigo
(Me chame) se alguma vez você precisar de um amigo
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame) se você precisar de um amigo
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame) me chame
(Me chame)


Você gosta de ser mãe? Gostaria de voltar à vida de solteira?

Estas perguntas foram feitas a doze mães, com idade entre 30 e 70 anos. E elas responderam de forma objetiva e sincera. E você? Gosta de ser mãe ou voltaria alegremente à vida de solteira, sem filhos? Com qual destas respostas você se identifica?

– Gostei de ser mãe, apesar de ser pãe até hoje! Se eu voltasse no tempo… não seria a tal da supermãe…eles não aprenderam com as próprias experiências…porque eu ia lá e fazia, sem saber que deveriam andar com as próprias pernas…

– Gosto muito de ser mãe! Não gostaria de voltar no tempo… Até gostaria de ter mais filhos.

– Se eu gosto de ser mãe? Ainda estou aprendendo a ser… E amo ser mãe! O que não gosto é ter que ser todo o resto, ao mesmo tempo… Não consigo pensar em voltar a ser apenas EU. É estranho pensar que ele está conosco há tão pouco tempo. Tenho a sensação de que o conheço há muuuuuuuito tempo.

– Nunca questionei esse fato antes, mas gostei muito da experiência, principalmente porque resultou nesses filhos tão queridos… E não sinto nenhuma falta da solteirice!!!! Gostei de criá-los, educá-los e amá-los.

– A maternidade mudou os meus sentimentos, aprendi um amor de gratidão… Ser mãe é estar a serviço da vida. Decididamente eu não gostaria de voltar à vida de antes… A maternidade também me trouxe o despertar para o entendimento das coisas… A responsabilidade pela vida trazida.

– Nós mulheres gostamos de trabalhar, mas eu te digo uma coisa: lidar com os filhos é muito melhor do que aguentar um chefe kkkkk! Voltar à solteirice e sem filhos? Não!!!

– Gosto de ser mãe, mas é puxado. Não me imagino sem ser… Estava agora aos berros… Me sinto uma escrava muitas vezes… Se eu voltasse ao passado… só pensar em não poder ser mãe me causaria ansiedade e tristeza.

– Na verdade eu não gosto de ser mãe, a responsabilidade me pesa bastante….eu a amo, mas não gosto do que anda representando ser mãe, que desde que ela nasceu é viver para ela. Não sei distribuir direito, então está pesando demais. Então, se gostaria de voltar a fase sem filhos? Com certeza!… Não tenho tempo nem de ir ao banheiro sossegada. Então sim, queria não me sentir cansada o tempo todo.

– Ser mãe é a experiência mais fantástica da vida… É tão intenso, cansativo também, mas a maravilha de se sentir a pessoa mais importante para alguém em tantos momentos do dia, supera qualquer cansaço. Assim, afirmo com certeza: Amo ser mãe! Sobre voltar à vida da época “sem filho”… Não, não gostaria. Se hoje me tornei quem sou é porque essa experiência de ser mãe me constituiu. Então, estou exatamente onde gostaria de estar.

– Eu já gostei de ser mãe. Hoje essa “alcunha” está muito longe da minha realidade… Infelizmente…

– Pergunta desafiadora. Gosto de ser mãe. Mas às vezes penso em como teria sido minha vida, se tivesse feito outras escolhas, quando tinha 18 anos…  A época do sem filhos eu tinha mais tempo para mim e era menos exaustiva…. Apesar disso, principalmente nos momentos de alegria, não consigo me ver sem eles. Hoje, eles preenchem minha vida de tal forma que não consigo fazer mais nada exclusivo meu.

– Sim, eu gosto de ser Mãe! Sou grata todos os dias por esta oportunidade. Não, não gostaria de voltar à solteirice! Pois, depois de me tornar mãe minha vida teve outro sentido. E, pelo meu filho, eu tento me tornar, cada dia, uma pessoa melhor.

Com qual destes depoimentos você se identificou?

Na Terra, estas lindas mulheres, como você, vivem o sufoco e/ou a alegria da maternidade. Elas se constroem em amor e sabedoria, cada uma do seu jeito. É árduo!

Mas na vida espiritual, ativa e vibrante, quando surge um grande desafio emocional, uma alma, com elevadas conquistas no campo do amor e da compreensão é chamada a atuar. Normalmente um coração de mãe. Então, aqui e , elas são verdadeiras colaboradoras de Deus no processo evolutivo da Humanidade. Pense Nisto!

Mudança de hábito – apenas um filme?

No filme “Mudança de hábito”, a personagem Deloris, cantora da noite, vê seu namorado mafioso cometer um homicídio. Para a sua proteção, ela vai para um convento na Califórnia e veste o hábito de freira. Sentindo-se presa, ela sofre com a vida calma das religiosas.

Qual a conexão possível desta comédia/musical com o isolamento social atual, por causa do coranavírus?      

Há pouco tempo as pessoas trabalhavam, estudavam, passeavam e, de repente um vírus, invisível ao olhar comum, as obrigou ficar em casa. Sentindo-se enclausuradas, elas sofrem com esta limitação.

Deloris, disfarçada de freira, aprende, a duras penas, a conviver com regras antes impensáveis: horário de dormir, acordar, comer e trabalhar de uma forma diferente. Hoje, em casa, os que organizam uma rotina diária, resolvem melhor os desafios do isolamento, otimizando as relações.

No convento, a nova “irmã” viu que o coral estava muito desafinado, ajudou as companheiras e tornou as missas alegres, conquistando mais público.

Famílias, empresas, instituições variadas estão se reinventando a partir dos desafios do Covid-19. Nova forma de conviver, trabalhar e solidarizar-se. A cooperação conquista um espaço maior no mundo todo.

No musical, o sucesso do coral, regido por Deloris, foi tão grande que, um canal de TV o mostrou ao país. O criminoso a descobriu e sua vida ficou em risco. No Brasil, muitos saem às ruas, sem proteção e colocam a si mesmos e aos demais em perigo. Alguns até desdenham dos que se protegem.

Deloris mudou de hábito (veste) e transformou os hábitos do convento, da igreja e os seus próprios. A comunidade cresceu, em diversos aspectos, a partir de uma necessária experiência de reclusão: a proteção da vida. Hoje, na Terra, muitos têm aprendido com o isolamento social.

Apesar dos desafios persistirem, há, em todos os lugares, mais consciência individual e coletiva. O homem valoriza mais a Deus, a família, a liberdade e o próximo.

A economia familiar está sendo repensada e a criatividade sugere novos caminhos. A natureza menos agredida, mostra o ar e a água mais limpos. A internet, usada com proveito, é a grande mediadora da família, dos negócios, das soluções em geral.

A pessoa isolada tem mais tempo para aprender a dialogar consigo mesma, com o outro e com Deus. A espiritualidade aflora e o ser, diante do perigo, reavalia suas prioridades. Volta-se aos textos religiosos e filosóficos. Ora sozinho ou em grupo on-line. Sente necessidade de fazer o outro feliz.

A música, a literatura, a pintura, o desenho, a escultura, a cinematografia e os exercícios físicos, dentro de casa, dão vida aos ambientes e às relações.

Muitos ainda estão em desequilíbrio. Mas, tudo isto é superável com a fraternidade, a solidariedade e a Mudança dos Hábitos. Além da ficção, Arte e Espiritualidade; Educação, Esporte e Cultura transformam vidas. E, estas mudanças ampliam a visão de mundo dos homens. Pense Nisto!

Tem que ficar em casa?

– “Menina desce da árvore!”

– “Guri olha esse braço quebrado!!! Eu não avisei que isto ia acontecer!?”

– “Tá doentinha? Pobrezinha! Vovó vai fazer o bolo que você gosta!”

Muitos dos que ouviram isto no passado, tinham a mãe e/ou a avó em casa acompanhando o seu dia a dia. A maioria das mães cuidava dos afazeres domésticos, educava os filhos, os ajudava nas tarefas escolares, costurava, bordava e ainda tinha tempo para passear, cantar e dançar com eles, as músicas preferidas da família. Os pais dirigiam e sustentavam a família.

Hoje, as mães, como os pais, trabalham fora. As babás humanas e virtuais tomam conta dos seus filhos. As creches, as escolas, os cursos de línguas e os variados esportes preenchem o tempo deles. Há crianças que convivem mais tempo com estranhos do que com os próprios pais. O desafio maior aqui é o do relacionamento familiar.

A pandemia do coronavírus fez pais e mães retornarem à convivência diária com os filhos. E, em muitos lares, um pandemônio se instalou: “Queremos a volta às aulas! Não aguentamos mais! Eles bagunçam e comem muito! Professores! Saiam da quarentena! Cuidem de nossos filhos!” Nesta hora, os pais têm que ficar em casa?

O assunto requer o entendimento da diferença entre casa e lar. A casa é a construção material, a residência, o local que protege a família do sol, da chuva e dos amigos do alheio.

O lar é o espaço afetivo onde o sentido de família se desenvolve. É o lugar onde se exercita o diálogo, se aprende o respeito às diferenças e se vive os desafios do crescimento moral e psicológico. É onde os Espíritos imortais se reúnem para concretizar, juntos, o seu projeto evolutivo. Neste laboratório de almas se ensaia uma sociedade melhor.

Porém, ao diferenciar casa e lar, novas questões surgem: na construção do lar, a mulher tem que ficar em casa? Ser “só” mãe? E a sua realização pessoal, profissional, comunitária? E o conforto da família? E a mãe que cuida sozinha dos filhos? Como resolver situações tão desafiadoras?

Em relação à pandemia é fundamental, para quem puder, ficar em casa. Isto favorece aos pais e mães enriquecerem os seus lares. Para que depois, trabalhando fora ou não, seus vínculos familiares estejam fortalecidos.

A família é um projeto de Deus para a edificação da felicidade no mundo. Os filhos nunca foram e não serão apenas bocas a serem alimentadas. São almas imortais que precisam dos pais para se aperfeiçoarem. E vice-versa.

Assim, cabe a família alimentar-se de: fraternidade e perdão para a convivência diária. De religiosidade para o refinamento do Espírito. De disciplina para cumprir os deveres familiares e sociais. E do respeito que desenvolve o amor, sentimento superior que leva a criatura ao Criador, e a ensina bem conviver com os outros seres, seus irmãos em humanidade.

Em vista disto, fique em casa para não ampliar a pandemia, cuidando sempre do lar, seu maior compromisso na Terra. Pense Nisto!

O que o coronavírus ensina?

A italiana Alma Clara Corsini, 95 anos, venceu o coronavírus na província de Modena, norte da Itália. Um guarda civil de 37 anos, saudável, trabalhava normalmente antes de contrair o vírus e falecer no Centro Hospitalar Quirón de Alcorcón, na Comunidade de Madri. Ela está no grupo de risco, ele não. Analisando esta e outras ocorrências, o que o coronavírus nos ensina?

1. O vírus atinge a todos! Ele não diferencia o doutor do analfabeto; o homem da mulher; o rico do pobre; o feio do bonito; o religioso do ateu; o negro do branco, do amarelo, do pardo; o alemão do francês; o chinês do americano…

2. O homem, que tem dominado a Natureza com insensibilidade, desrespeito e soberba, está sendo convidado pela própria Natureza, através de um vírus invisível a olho nu, a repensá-la, a repensar-se, já que ele depende dela para bem viver.

Bastaram quinze dias da ação do coranavírus na Europa para, em Veneza, os canais ficarem com as águas mais transparentes permitindo a visualização de pequenos peixes, em alguns deles. Na Espanha, pavões surpreenderam ao passearem livremente pelas ruas de Madrid. E javalis selvagens foram vistos em Barcelona.

3. Pela Lei de Causa e Efeito, o homem colhe o que plantou para reciclar-se. Não é castigo divino. Pois, esses “flagelos” proporcionam tantas mudanças na sociedade humana que a faz avançar “em alguns anos o que teria exigido muitos séculos” (LE. Q.737). Exemplo: a Peste Negra/peste bubônica, que dizimou cerca de 25 milhões de pessoas, na Europa, entre 1347 e 1352, deu um golpe mortal no Feudalismo.

As oportunidades de mudança, de maneira calma e pacífica, são oferecidas ao homem todos os dias. Porém, ele insiste em aprender pela dor o que lhe é ofertado com muito respeito e amor. O “eu” tem sobreposto aos anseios da coletividade, há séculos.

4. O coronavírus está fazendo o homem voltar para casa e reaprender a viver em família. O desafio é grande e necessário já que a família foi abandonada pela busca do ter sempre mais, em detrimento do afeto e do diálogo, da moral e da ética.

5. O vírus leva o homem voltar-se a Deus que é Amor, Justiça e Misericórdia, e a lembrar-se que é um Espírito imortal. Que, ao “perder” o corpo físico, a vida continua. E que a Terra é apenas uma escola de evolução. Se daqui nada se leva, aonde se pode ter tudo? Na dimensão espiritual, que é a vida real. Assim, a paz e a felicidade resultam das escolhas boas ou ruins de cada um.

6. O gênero humano sairá mais amadurecido e fortalecido desta experiência, se souber entender e viver esse momento com fraternidade, solidariedade, compaixão, autorresponsabilidade, disciplina, respeito a si e ao outro, perdão, paciência, resignação e esperança. E o maior aprendizado de todos: tudo passa! Pense Nisto!

Jesus e a presidiária

Uma homenagem aos Espíritos que estão na condição feminina, na presente encarnação.

– “Senhora, por que Jesus não pode reviver o meu irmão? Ele não trouxe Lázaro de volta? A gente desenterra o corpo dele e pede pra Jesus reviver ele”, questionava, séria, a apenada cujo irmão partira há pouco tempo. A solidão e a saudade a faziam sonhar com o impossível retorno do ente querido. Seria mesmo impraticável revivê-lo? O que Jesus diria a ela?

Jesus, consciente da subjugação feminina na sociedade em que vivia, acolheu, assertiva e amorosamente, todas as mulheres em sua trajetória terrena.

Uma mulher samaritana, conversou com Ele junto ao poço de Jacó, em Sicar, protagonizando um dos mais longos e poéticos diálogos do Novo Testamento. Este encontro transformou sua vida marginalizada e a de muitos samaritanos da localidade.

Marta, irmã de Lázaro, da cidade de Betânia, foi convidada pelo Mestre a refletir sobre as questões da vida eterna, tema que sua irmã Maria já havia compreendido a magnitude.

A mulher hemorroíssa tocou suas vestes, curou-se e, assustada, com medo de ser repreendida, apenas ouviu-o dizer docemente – “Mulher a tua fé te salvou”.

O gesto da pobre viúva, ao colocar só duas moedas de pouco valor no cofre, onde se recolhiam as oferendas para o culto, no Templo de Jerusalém, foi observado por Jesus e ficou registrado para a posteridade, pois, ela contribuíra com uma fé genuína, desinteressada.

A mãe dos apóstolos João e Tiago que pediu, para seus filhos, lugares no Reino, ao lado de Jesus, aprendeu que estes são: “para quem está preparado por meu Pai”. Ou seja, sentar-se à direita ou à esquerda do Mestre simboliza as escolhas felizes ou infelizes, do ser, no Reino de sua Alma imortal.

A mulher encurvada, havia dezoito anos, foi curada pela imposição das mãos do Mestre, que mais uma vez quebrou a tradição que proibia o trabalho aos sábados.

Além destas mulheres, os textos bíblicos nos falam de Maria Madalena, a cortesã que mudou sua vida ao conhecê-lo e foi a primeira a vê-lo após a crucificação.

Eles contam também sobre a mulher adúltera que escapou de ser apedrejada e ouviu feliz: “Nem eu te condeno. Vai, e a partir de agora não peques mais”.

Narram ainda o ensinamento do Mestre à Maria, sua mãe, sobre a diferença entre a família consanguínea e a espiritual: “quem é minha mãe, quem são meus irmãos?”

Jesus quebrou todos os pesados e penosos preconceitos existentes à época, em relação à mulher. Defendeu-as, fortalecendo as suas aspirações superiores. E fez muito mais, tornou-as mensageiras da Boa Nova.

Jesus e a presidiária poderia ter sido mais um destes encontros transformadores, porque, como Ele disse à Marta, em relação a Lázaro: “Teu irmão há de ressuscitar”, diria à apenada saudosa: “Não sofras! Teu irmão, Espírito imortal, está sob os meus cuidados. Confia e liberta tua alma dos enganos, ressuscita-a para a Vida Eterna!”

     A ressurreição espiritual é para todos! Todos os dias! Pense Nisto!

Você quer ser feliz ou ter razão?

Nos bastidores de uma apresentação da Orquestra Cajuzinhos do Cerrado, de Goiânia, https://bit.ly/2TcjxjB, uma das meninas chorava com medo de errar. Outra violinista, criança como ela, consolou-a, propondo: “Se você errar diga – “eu não errei! Foi ela!” e aponte o dedo para mim. Eu assumo por você”. Solidárias e felizes, elas entraram juntas no palco. Você faria o mesmo? Avaliando-se, no dia a dia, você quer ser feliz ou ter razão?

Um número expressivo de indivíduos quer ser feliz tendo sempre razão. Fingir que dorme para não ceder o assento no transporte coletivo. Avançar o sinal vermelho. Comer o doce destinado a outro. Coordenar uma equipe e o colega estar melhor preparado. Ganhar uma discussão sabendo-se errado. Mostrar competência para dar brilho a si mesmo…

Ou seja, esses indivíduos veem o mundo e as demais pessoas pela ótica das suas próprias necessidades. O “eu” vem em primeiro, em segundo e em terceiro lugar. E o “outro” será importante quando funcionar de acordo com as suas conveniências.

São pais e mães que, pensando em si mesmos, não acolhem os seus filhos e os perdem para as drogas, para a depressão, para o suicídio. São funcionários e patrões que visam apenas seus próprios interesses. São governantes que se esquecem do povo. São religiosos que não respeitam a diversidade de convicções, atacando as demais.

As crianças, da orquestra de violinistas de Goiânia, cometeram um ou outro deslize no momento da apresentação. Mas, o troféu estava ganho antes de subirem ao palco – o comprometimento de juntos fazerem o melhor.

Todos eles estavam nervosos, mas se apresentaram. No futuro, alguns poucos se quiserem, alcançarão a virtuosidade no violino. Porém, a maioria estará habilitada em autoestima, solidariedade, tolerância, disciplina, perseverança, fraternidade, consciência corporal, cultura musical, memória auditiva e outros aspectos técnicos.

No projeto, as crianças são trabalhadas nos aspectos social, cognitivo, emocional e psicológico para se construírem cidadãos éticos e solidários.   

Ali, elas desenvolvem sua humanidade, para que, em qualquer situação e lugar, ouçam uma voz interior que diz: “Suba no palco da vida! Se errar, não tem importância. Eu estou com você e também erro! Juntos vamos fazer diferente!” Isto não é melhor do que ter sempre razão? Pense nisto!

Um carnaval que passou…

A linda jovem de vinte anos, de olhar triste e distraído, repousava displicente na cadeira à beira mar. Os últimos dias tinham sido desafiadores. Mas, ela os vencia valorosamente. O carnaval, recém brincado, tinha deixado marcas em seu corpo e em sua alma.

Aproveitando a brisa renovadora do mar, a jovem alheou-se dos sons ao redor e voltou o olhar para os seus poucos vinte anos, com muita história de vida.

Aos três anos era a princesinha do papai. Aos nove, levada pelos sonhos da mãe, tentava a carreira de modelo. Aos doze, recebia a sua primeira indicação de anticoncepcional. Aos quinze, fez o primeiro aborto. Agora, aos vinte, desiludida na relação amorosa, no Carnaval, recuperava-se da tentativa de suicídio. Sofria…

Ela é o exemplo vivo da reflexão de Krishnamurti, filósofo e educador indiano, que afirmou “não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente”.

Que doença é esta que mutila, emocional e psicologicamente, crianças, jovens, adultos e idosos? Que aguça as sensações do corpo e sufoca o Espírito que ali habita?

É o vazio existencial. É o sentimento do nada que leva ao apego à matéria perecível como tábua de salvação. Sendo “o nada” inconsistente para alimentar o pensamento e o coração; para fomentar relações humanas verdadeiras, leva as suas vítimas a adotarem a lógica de descartar amigos, amores ou sua própria vida física.

Até quando esta doença corroerá as forças do Homem? Quanta medicação para o corpo será consumida para aliviar a angústia da alma? Qual é o remédio eficaz?

A consciência profunda da imortalidade da alma. Realidade intuída em todas as culturas e sintetizada de forma magistral pelo teólogo Teilhard Chardin: “Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual. Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”.

Esta visão muda o indivíduo e, em consequência, a sociedade em que vive.   

Allan Kardec, na codificação do Espiritismo, amplia este pensamento confirmando a imortalidade do Espírito que, como sujeito de seu destino, reencarna quantas vezes forem necessárias ao seu projeto de evolução. Amparado pela Espiritualidade superior, o Espírito trabalha ao longo do tempo por humanizar-se, espiritualizar-se e ser feliz, de fato.

Nesta encarnação, a jovem de vinte anos abalou a sua saúde física e espiritual ao tentar encaixar, a grandeza de seu Espírito Imortal, na visão estreita da felicidade fixada pelo materialismo, que gera o individualismo e o consumismo – cânceres no tecido social humano.

O Carnaval, festa onde a carne-nada-vale, é palco para os casos de abusos e alienações com droga, álcool, sexo, aborto e tentativa de suicídio.

E, do ponto de vista espiritual, disto decorrem dores tão lancinantes que levarão alguns séculos para o Espírito curar-se das poucas noites de desvario. Leva à queda as almas desprevenidas.

  Na praia, no momento em que a jovem retornou de sua viagem ao próprio mundo interno, suspirou e disse a si mesma – o último carnaval ainda está em mim, mas, vai passar! Vou lutar por isso. Pense Nisto!