Uma homenagem aos Espíritos que estão na condição feminina, na presente encarnação.
– “Senhora, por que Jesus não pode reviver o meu irmão? Ele não trouxe Lázaro de volta? A gente desenterra o corpo dele e pede pra Jesus reviver ele”, questionava, séria, a apenada cujo irmão partira há pouco tempo. A solidão e a saudade a faziam sonhar com o impossível retorno do ente querido. Seria mesmo impraticável revivê-lo? O que Jesus diria a ela?
Jesus, consciente da subjugação feminina na sociedade em que vivia, acolheu, assertiva e amorosamente, todas as mulheres em sua trajetória terrena.
Uma mulher samaritana, conversou com Ele junto ao poço de Jacó, em Sicar, protagonizando um dos mais longos e poéticos diálogos do Novo Testamento. Este encontro transformou sua vida marginalizada e a de muitos samaritanos da localidade.
Marta, irmã de Lázaro, da cidade de Betânia, foi convidada pelo Mestre a refletir sobre as questões da vida eterna, tema que sua irmã Maria já havia compreendido a magnitude.
A mulher hemorroíssa tocou suas vestes, curou-se e, assustada, com medo de ser repreendida, apenas ouviu-o dizer docemente – “Mulher a tua fé te salvou”.
O gesto da pobre viúva, ao colocar só duas moedas de pouco valor no cofre, onde se recolhiam as oferendas para o culto, no Templo de Jerusalém, foi observado por Jesus e ficou registrado para a posteridade, pois, ela contribuíra com uma fé genuína, desinteressada.
A mãe dos apóstolos João e Tiago que pediu, para seus filhos, lugares no Reino, ao lado de Jesus, aprendeu que estes são: “para quem está preparado por meu Pai”. Ou seja, sentar-se à direita ou à esquerda do Mestre simboliza as escolhas felizes ou infelizes, do ser, no Reino de sua Alma imortal.
A mulher encurvada, havia dezoito anos, foi curada pela imposição das mãos do Mestre, que mais uma vez quebrou a tradição que proibia o trabalho aos sábados.
Além destas mulheres, os textos bíblicos nos falam de Maria Madalena, a cortesã que mudou sua vida ao conhecê-lo e foi a primeira a vê-lo após a crucificação.
Eles contam também sobre a mulher adúltera que escapou de ser apedrejada e ouviu feliz: “Nem eu te condeno. Vai, e a partir de agora não peques mais”.
Narram ainda o ensinamento do Mestre à Maria, sua mãe, sobre a diferença entre a família consanguínea e a espiritual: “quem é minha mãe, quem são meus irmãos?”
Jesus quebrou todos os pesados e penosos preconceitos existentes à época, em relação à mulher. Defendeu-as, fortalecendo as suas aspirações superiores. E fez muito mais, tornou-as mensageiras da Boa Nova.
Jesus e a presidiária poderia ter sido mais um destes encontros transformadores, porque, como Ele disse à Marta, em relação a Lázaro: “Teu irmão há de ressuscitar”, diria à apenada saudosa: “Não sofras! Teu irmão, Espírito imortal, está sob os meus cuidados. Confia e liberta tua alma dos enganos, ressuscita-a para a Vida Eterna!”
A ressurreição espiritual é para todos! Todos os dias! Pense Nisto!