Aqueles que semeiam o conhecimento saíram a semear!
Encontraram solos-aprendizes abandonados, pedregosos, espinhentos e de boa qualidade. Trabalharam muito e apaixonaram-se pelo ofício de apreciar, escolher e plantar as sementes-Educação.
Porém, nesta caminhada a incompreensão de muitos obstaculou a atividade. Uns restringiram as boas sementes-Educação, oferecendo-as para poucos. Outros desmereceram o trabalho, pagando menos que o necessário para a continuidade e a qualidade da semeadura. Alguns outros ainda introduziram, na tarefa, teorias desconectadas das realidades dos solos-aprendizes. Poucos, acolheram os semeadores, valorizaram as sementes-Educação e apoiaram devidamente os solos-aprendizes.
Qual foi o resultado?
Ocorreu o gradativo desalento e a exaustão da maioria dos semeadores. O enfraquecimento das sementes-Educação. E a aridez dos solos-aprendizes subutilizados ou lavados pela erosão das turbulências, dos temporais contínuos sobre a plantação.
Professores, nós somos os semeadores que garimpam as boas sementes-Educação, buscando o aperfeiçoamento da tarefa, mesmo que isto não nos seja proporcionado pelos responsáveis temporários dos espaços educativos.
Quantas noites de sono perdidas organizando, corrigindo, repensando e refazendo a nossa arte, para que os solos-aprendizes, no outro dia, acolhessem as sementes-Educação, frutificadoras de uma sociedade esclarecida e ética?
Onde e como ficam os nossos filhos, os nossos companheiros ou companheiras quando oferecemos aos outros solos-aprendizes as sementes-Educação e o tempo que, nem sempre, lhes ofertamos com qualidade?
Estamos cansados e abatidos por anos a fio de desrespeito, achincalhamento e menos valia. Todavia, não nos esqueçamos, o nosso valor é imensurável. Sem a nossa semeadura como produzir uma colheita farta, de alta qualidade e grávida de futuro?
O momento é de crise. Mas, o que é a crise senão o embate entre um velho jeito de semear e os sempre renovados métodos, para uma síntese maior? Estejamos firmes em nosso ideal. Não permitamos que ninguém desmereça a nossa semeadura.
Vencidos os atuais desafios, retornemos à lavoura, ao arado e continuemos o trabalho! Novos contratempos virão. Que estes nos encontrem em nossos postos. Nossa geração talvez não veja o campo da Educação produtivo e feliz, em nível de excelência. Contudo, muito nos gratificará ter semeado, ter feito parte desta História.
Semeemos letras, pensamentos, sentimentos e valores superiores. Os solos-aprendizes precisam da integração deste conjunto de sementes para a floração e a frutificação de hábitos éticos, sedimentados no amor .
Semeadores, solos-aprendizes e solo-sociedade nos unamos em prol da Educação, a arte-semente da ética e do amor. Dois campos férteis para se ter colheitas fartas e felizes. Pense Nisto!