– “Menina desce da árvore!”
– “Guri olha esse braço quebrado!!! Eu não avisei que isto ia acontecer!?”
– “Tá doentinha? Pobrezinha! Vovó vai fazer o bolo que você gosta!”
Muitos dos que ouviram isto no passado, tinham a mãe e/ou a avó em casa acompanhando o seu dia a dia. A maioria das mães cuidava dos afazeres domésticos, educava os filhos, os ajudava nas tarefas escolares, costurava, bordava e ainda tinha tempo para passear, cantar e dançar com eles, as músicas preferidas da família. Os pais dirigiam e sustentavam a família.
Hoje, as mães, como os pais, trabalham fora. As babás humanas e virtuais tomam conta dos seus filhos. As creches, as escolas, os cursos de línguas e os variados esportes preenchem o tempo deles. Há crianças que convivem mais tempo com estranhos do que com os próprios pais. O desafio maior aqui é o do relacionamento familiar.
A pandemia do coronavírus fez pais e mães retornarem à convivência diária com os filhos. E, em muitos lares, um pandemônio se instalou: “Queremos a volta às aulas! Não aguentamos mais! Eles bagunçam e comem muito! Professores! Saiam da quarentena! Cuidem de nossos filhos!” Nesta hora, os pais têm que ficar em casa?
O assunto requer o entendimento da diferença entre casa e lar. A casa é a construção material, a residência, o local que protege a família do sol, da chuva e dos amigos do alheio.
O lar é o espaço afetivo onde o sentido de família se desenvolve. É o lugar onde se exercita o diálogo, se aprende o respeito às diferenças e se vive os desafios do crescimento moral e psicológico. É onde os Espíritos imortais se reúnem para concretizar, juntos, o seu projeto evolutivo. Neste laboratório de almas se ensaia uma sociedade melhor.
Porém, ao diferenciar casa e lar, novas questões surgem: na construção do lar, a mulher tem que ficar em casa? Ser “só” mãe? E a sua realização pessoal, profissional, comunitária? E o conforto da família? E a mãe que cuida sozinha dos filhos? Como resolver situações tão desafiadoras?
Em relação à pandemia é fundamental, para quem puder, ficar em casa. Isto favorece aos pais e mães enriquecerem os seus lares. Para que depois, trabalhando fora ou não, seus vínculos familiares estejam fortalecidos.
A família é um projeto de Deus para a edificação da felicidade no mundo. Os filhos nunca foram e não serão apenas bocas a serem alimentadas. São almas imortais que precisam dos pais para se aperfeiçoarem. E vice-versa.
Assim, cabe a família alimentar-se de: fraternidade e perdão para a convivência diária. De religiosidade para o refinamento do Espírito. De disciplina para cumprir os deveres familiares e sociais. E do respeito que desenvolve o amor, sentimento superior que leva a criatura ao Criador, e a ensina bem conviver com os outros seres, seus irmãos em humanidade.
Em vista disto, fique em casa para não ampliar a pandemia, cuidando sempre do lar, seu maior compromisso na Terra. Pense Nisto!
Textos maravilhosos e edificantes. Gostei muito e me inspirou bastante.
Gratidão.
A Vida Maior é a grande fonte de inspiração e consolo para as nossas almas! Grata pela gentil observação!